O Sangue da Cidade - Xutos & Pontapés

Algumas considerações

Sobre a capital

Que já foi do Império

Hoje é de Portugal

Como todas as outras

Tem monumentos

Pedras a quem alguém deu uma certa forma

Um certo olhar

Tomemos uma do chão, perdida

Podemos considerá-la domesticada

Essa pedra ontem foi livre

Hoje é da calçada

As pessoas

As pessoas são o sangue da cidade

Sem elas no centro o centro morre

O centro é caro, o centro é caro, o centro é bastante caro!

Mas parece seguro

Bom, já nada é seguro hoje em dia

As pessoas, as pessoas circulam como o sangue

As pessoas são quentes como o sangue

As pessoas transportam coisas como sangue

As pessoas defendem a cidade

Com o seu próprio sangue

Derramo o olhar pelos turistas perdidos

Acho que podes considerar que eu sou de cá

(Tim)

Mas eu não sou daqui

Eu não sou daqui

Eu não sou daqui

Eu não sou de cá

(Carlão)

Dos dias da semana eu escolho o domingo

É um dia morto, cheio de luz e de parva felicidade

Aquela que vem do cansaço

Entre os estados meios com gente de fora que chega em autobuses coloridos

E a modorra da baixa eu escolho o centro

Podes-me imaginar aí, no centro da cidade

Talvez na avenida da minha liberdade

Percorro o olhar pelos turistas perdidos

Acho que podes considerar que eu sou de cá

(Tim)

Mas eu não sou daqui

Eu não sou daqui

Eu não sou daqui

Eu não sou de cá

Eu não sou daqui

(Eu não sou daqui)

Eu não sou daqui

(Eu não sou daqui)

Eu não sou daqui

(Eu não sou daqui)

Eu não sou de cá

Algunas consideraciones

Sobre la capital

Que una vez perteneció al Imperio

Hoy es de Portugal

Como todos los demás

tiene monumentos

Piedras a las que alguien le dio cierta forma

una cierta mirada

Tomemos uno del piso, perdido

Podemos considerarlo domesticado.

Esa piedra ayer estaba libre

Hoy es la acera

Las personas

La gente es la sangre de la ciudad.

Sin ellos en el centro, el centro muere

¡El centro es caro, el centro es caro, el centro es bastante caro!

pero parece seguro

Bueno, nada es seguro en estos días.

La gente, la gente circula como la sangre.

La gente es cálida como la sangre.

La gente lleva cosas como sangre.

La gente defiende la ciudad.

Con tu propia sangre

Derramé mi mirada por los turistas perdidos

Creo que puedes considerar que soy de aquí.

(Tim)

pero yo no soy de aqui

Yo no soy de aquí

Yo no soy de aquí

no soy de aqui

(Carlao)

De los días de la semana elijo el domingo

Es un día muerto, lleno de luz y felicidad tonta

La que viene del cansancio

Entre los estados significa con gente de fuera que llega en coloridos buses

Y la modorra inferior elijo el centro

Puedes imaginarme allí, en el centro de la ciudad.

Tal vez en mi avenida de la libertad

Paso por la mirada a los turistas perdidos

Creo que puedes considerar que soy de aquí.

(Tim)

pero yo no soy de aqui

Yo no soy de aquí

Yo no soy de aquí

no soy de aqui

Yo no soy de aquí

(Yo no soy de aquí)

Yo no soy de aquí

(Yo no soy de aquí)

Yo no soy de aquí

(Yo no soy de aquí)

no soy de aqui