Eu não quero mais - Fundo de Quintal, Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz

Eu não quero mais amar essa mulher

Ela magoou meu coração

Desconsiderou o lar que é o meu barracão

Por isso eu não quero não

Minha nega é maneta

E além de maneta é cega de um olho

É cega de um olho, tem pouco cabelo

E no pouco cabelo carrega piolho

Eu já falei pra você, ô Sombrinha

Joga essa mulher no lixo

Além de caolha e ter pouco cabelo

Ela toma cachaça e joga no bicho

Eu não quero mais amar essa mulher

Ela magoou meu coração

Desconsiderou o lar que é o meu barracão

Por isso eu não quero não

Se lembra daquela arapuca

Que a nega maluca um dia armou

Fez macumba, jogou pururuca

Deixou tua cuca na tela de horror

Nega eu juro

Juro que verei seu fim

Usaste de leviandade

Na sua esperteza pra cima de mim

Eu não quero mais amar essa mulher

Ela magoou meu coração

Desconsiderou o lar que é o meu barracão

Por isso eu não quero não

É mentira, é conversa fiada

Essa nega é danada, essa nega é vadia

Levanta dez horas, levanta meio dia

Procura pão quente não tem padaria

Me tratando com muita meiguice

Maria Clarice me traiu assim

Se eu não fosse lá da Piedade

Te juro a verdade seria o meu fim

Eu não quero mais amar essa mulher

Ela magoou meu coração

Desconsiderou o lar que é o meu barracão

Por isso eu não quero não

Me responda com sinceridade, Arlindo

Onde mora uma paixão, por isso

Por isso eu não quero não

Sombrinha não sei o endereço

Mas sei bem o preço da ingratidão e é por isso

Por isso eu não quero não

Nesse endereço eu fiquei mais perdido

Que cego numa confusão, mas é por isso

Por isso eu não quero não

De tanto andar por aí, Ubirany

Conheci a ilusão, é por isso

Por isso eu não quero não

Malandro que é bom não se ilude

Eu fiz o que pude porém foi em vão, mas é por isso

Por isso eu não quero não

Por isso que eu vou corrigir

A … e pira eu não vou nessa não, mas é por isso

Por isso eu não quero não

ya no quiero amar a esta mujer

ella rompió mi corazón

Despreciado el hogar que es mi galpón

por eso no quiero

Mi negación es con un solo brazo

Y además de manca es ciega de un ojo

Es ciega de un ojo, tiene poco pelo.

Y el pelo no lleva piojos

Ya te lo dije, oh Paraguas

Tirar a esta mujer a la basura

Además de tuerto y poco pelo

Bebe cachaça y se la tira al animal.

ya no quiero amar a esta mujer

ella rompió mi corazón

Despreciado el hogar que es mi galpón

por eso no quiero

Recuerda esa trampa

Ese loco niega un día establecido

Hizo macumba, tocó pururuca

Dejó su mente en la pantalla de terror

negar lo juro

Juro que veré tu final

Lo usaste a la ligera

En tu inteligencia sobre mí

ya no quiero amar a esta mujer

ella rompió mi corazón

Despreciado el hogar que es mi galpón

por eso no quiero

Es una mentira, es una pequeña charla

Este negro está condenado, este negro es una perra

Levántate a las diez, levántate al mediodía

Buscando pan caliente no hay panadería

Tratándome con mucha delicadeza

María Clarice me traicionó así

Si no hubiera estado allí desde Piedade

Juro que la verdad sería mi final

ya no quiero amar a esta mujer

ella rompió mi corazón

Despreciado el hogar que es mi galpón

por eso no quiero

Respóndeme con sinceridad Arlindo

Donde vive una pasión, entonces

por eso no quiero

Paraguas no sé la dirección

Pero sé bien el precio de la ingratitud y por eso

por eso no quiero

En esta dirección me perdí más

Que ciega en la confusión, pero es por eso

por eso no quiero

De tanto andar, Ubirany

Conocí la ilusión, por eso

por eso no quiero

Embaucador que es bueno no se engaña

Hice lo que pude pero fue en vano, pero por eso

por eso no quiero

Por eso voy a corregir

El… oye, no voy por eso, pero por eso

por eso no quiero