Selva - ANAVITÓRIA

A selva toda iluminada

E eu só lembro

Da luz que era a tua e não elétrica

Do ar que me fugia em cada sílaba

Eu viajava no seu papo quântico

Tu me engolia com essa cara cínica

E eu vigiava com meu olho míope

Tentei caber na sua matemática

Quantos encontros cabem numa vida?

Quantas vidas pra viver?

Quanto chão pra caminhar?

Quantos sóis nós vamos ver nascer?

Mundos vão ruir

Curas vão surgir

E nós dois aqui

Tua cadência embriagada

Eu entendo

Te confiei as minhas crenças cármicas

Você cantou pra mim a tua dúvida

Tua praia cética, minha onda mística

Fantasiei o teu lugar mais íntimo

Te respondi no meu lugar mais úmido

Criamos pontes sobre amores líquidos

La jungla toda iluminada

Y solo recuerdo

De luz que era tuya y no electrica

Del aire que se me escapó en cada sílaba

Viajé en tu charla cuántica

Me tragas con esa cara de cínico

Y yo miraba con mi ojo miope

Traté de encajar en tus matemáticas

¿Cuántas fechas caben en una vida?

¿Cuántas vidas por vivir?

¿Cuánto terreno caminar?

¿Cuántos soles veremos salir?

los mundos se derrumbarán

surgirán curas

y los dos aqui

tu cadencia ebria

Yo entiendo

Te confié mis creencias kármicas

Me cantaste tu duda

Tu playa escéptica, mi ola mística

fantaseaba con tu lugar mas intimo

Te respondí en mi lugar más húmedo

Construimos puentes sobre amores líquidos